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Vencedores da pandemia, a cadeia logística fria chinesa

Como já falamos em outros posts, as crises são momentos de rupturas onde novas oportunidades surgem. E a crise econômica e sanitária resultante da pandemia de COVID-19 não podia ser diferente. Um dos setores beneficiados por toda essa situação foi justamente a cadeia logística fria.


Na China, especificamente, é esperado um crescimento robusto do setor e de seus índices de lucratividade, segundo especialistas. Isso se deve ao aumento da demanda por produtos frescos que o período de lockdown evidenciou.


A cadeia de logística fria consiste basicamente do uso de sistemas de controle de temperatura de maneira ininterrupta durante as atividades de transporte e armazenamento. É essencial para os e-commerces que trabalham com produtos perecíveis, e permite inclusive a redução de custos de operação.


O isolamento social e a necessidade de evitar locais de aglomeração (como por exemplo supermercados) mostraram que a demanda por produtos frescos nos e-commerces é real. Os especialistas esperam um crescimento do consumo. Consequentemente teremos maiores investimentos direcionados a expansão cadeia logística fria.


Para a JD.com, um dos maiores players do e-commerce na China, a sua cadeia logística fria foi essencial para o período de pico da crise. Dados da empresa mostraram um aumento de 200% YoY (ano contra ano), para pedidos que necessitam desse tipo de serviço. Estabelecida em 2014, a cadeia logística fria da JD.com foi criada pelo aumento da demanda por produtos frescos. Atualmente a empresa opera mais de 20 centros de distribuição com capacidade de atender a demanda fria.


Além das atividades convencionais do e-commerce, a cadeia da JD.com também foi responsável por auxiliar no combate da pandemia na China. A estrutura da gigante do e-commerce foi utilizada para transporte de insumos médicos e hospitalares como: testes para detecção da doença, insulina, etc.


Mas não são apenas os gigantes que estão se beneficiando dessa evolução na China. O município de Yingjisha, localizado na região autônoma Xinjiang (de maioria Uygur) também tem aproveitado o momentum positivo. Localizada no extremo Oeste chinês, a produção de hortifruti local tinha dificuldades de atingir os principais mercados, devido a concentração populacional no Leste do país.


Localização do município de Yingjisha, fonte Google Maps


O desenvolvimento dos últimos anos da cadeia logística fria têm aumentado a vida útil dos produtos frescos da região. O que possibilita a província abrir novos mercados internos que não eram possíveis anos atrás.


Hoje, os produtos tem uma vida útil de pelo menos 25 dias (antes o período era de apenas 7 dias). Esse aumento faz com que os produtos possam chegar em Pequim, e ainda estarem próprios para o consumo.


As expectativas para esse setor são extremamente positivas. É esperado uma movimentação de 66.5 bilhão de dólares em 2020, e uma taxa de crescimento de pelo menos 20%.





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