Os impactos do COVID-19, vírus que teve sua origem na cidade de Wuhan na província de Hubei na China, tem conquistado todas as manchetes atualmente. O vírus com alto potencial de propagação causa medo e apreensão por parte da população, apesar da sua baixa letalidade. Medidas tomadas pelos governos ao redor do mundo tentam de alguma forma frear a evolução da pandemia.
O momento singular que vivemos hoje tem como protagonista o COVID-19, agente patogênico que fez da cadeia de suprimentos global a sua principal vítima. Mesmo com seu alto potencial de disseminação nada nem ninguém será mais afetado que as relações econômicas entre os países. A crise que vivemos hoje pode ser definida como gray rhino. Esse tipo de crise tem os seus sinais de alerta muitas vezes ignorados até que seja tarde demais. Exemplos podem ser citados como: aumento da exposição de crédito sem cobertura, volatilidades extremas nos mercado e tensões entre grandes economias (como a protagonizada entre Estados Unidos e China no ano passado).
De longe o fator que mais coloca a economia global em posição de fragilidade é a importância da China para a cadeia global de suprimentos, o país foi o epicentro da propagação. Hoje a dependência mundial do setor industrial chinês é evidente. O valor agregado industrial chinês em 2003 representava apenas 6.8% do total mundial, em 2017 esse número já estava em 23.9%. Além disso, a China é o principal parceiro comercial de 120 países. Não bastasse isso, a China conta com mais de um bilhão de pessoas, todas possíveis agentes de propagação.
O “peso” da China na cadeia de suprimentos global só é superado pela sua própria influência. Sendo peça central no mundo tanto nas exportações quanto nas importações. Estima-se que pelo menos 200 países importam componentes da China. E a importação de componentes provenientes da China representam 21.7% de todas as importações desses países.
A importância dos componentes chineses para a economia global representa uma ameaça a todos os países. Pois com a interrupção da produção chinesa, como observamos no mês de Fevereiro e início de Março de 2020, o crescimento global fica comprometido. Os efeitos mundiais não são imediatos, todavia muitos fabricantes vão observar seus estoques diminuindo gradualmente sem que seja possível a reposição e serão obrigados a interromperem suas produções. Estimativas da Oxford Economics apresentadas pela China Daily o crescimento global reduzirá 0.2%, contabilizando apenas a interrupção chinesa.
É evidente que as relações comerciais tradicionais entre fabricantes chineses e operações brasileiras serão muito impactadas. O mundo está cada vez mais interconectado, e a ideia de meio mundo de distância entre fabricante e cliente simplesmente não funciona. Quem sairá na frente depois de passada a tormenta são as operações que se posicionaram geograficamente mais próximas de seus parceiros. Não é a toa que o movimento de abertura comercial na China já atrai muitas empresas estrangeiras, inclusive as brasileiras.
Estar próximo fisicamente dos fornecedores pode representar uma vantagem competitiva muito grande. Afinal, é muito provável que um fabricante chinês opte por atender uma demanda doméstica em detrimento de uma estrangeira. O sentimento de nacionalismo vêm crescendo desde a ascensão do presidente Xi Jinping. Por esse motivo é fundamental que a sua empresa tenha uma operação na China que cuide dos seus interesses.
Se você tem dúvidas por onde começar e não faz ideia de quanto é o investimento para abrir uma empresa na China. Nós podemos te ajudar! Entre em contato com o nosso time e descubra como você pode ficar mais próximo dos seus parceiros chineses.
Muito bom saber sobre estas informações! Parabéns a Lantau pelo trabalho que desempenha!