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O futuro da conectividade: parceria entre Telebras e SpaceSail abre novas perspectivas.

Base de lançamento de Wenchang, na província de Hainan, China. Fonte: Yang Guanyu/Xinhua.

A empresa de telecomunicações brasileira Telebras assinou, no dia 19/11, um memorando de cooperação com e empresa chinesa, de internet via satélite, SpaceSail Technologies Co., Ltd., e a Administração Nacional de Dados da China, coincidindo com a visita de estado do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil. O acordo fornecerá serviços de internet banda larga, via satélite no Brasil em 2026.

Segundo a SpaceSail, o projeto firmado com a Telebras, visa estabelecer 28.000 pontos de acesso de rede em todo o país nos próximos cinco anos.

A SpaceSail, sediada em Xangai, planeja levar acesso à internet via satélite para áreas com conectividade limitada, implantando sua constelação Qianfan, uma rede de satélites de órbita baixa da Terra (LEO - Low Earth Orbit), atualmente em construção. Seu lançamento oficial se deu em 6 de agosto do presente ano.

Atualmente conta com apenas 36 satélites, lançados em dois lotes de 18 em agosto e outubro deste ano. A SpaceSail planeja ter mais de 600 satélites operando até o final de 2025.

A Qianfan Constellation iniciará seu serviço mundial de Internet via satélite em 2025, facilitando áreas como transporte, novas energias, cidades inteligentes, agricultura inteligente, assistência emergencial a desastres e economia de baixa altitude. A empresa está em negociações com mais de 30 países para utilização da sua constelação Qianfan, segundo post no WeChat.

Segundo o Ministro das comunicações Juscelino Filho, o governo quer diversificar suas fontes de conectividade. “O que estamos trabalhando é para que a sociedade brasileira possa ter opções de mais de uma empresa oferecendo o serviço que é essencial e fundamental para a população hoje, especialmente em áreas remotas", explicou o ministro à CNN Brasil.

No mês passado, uma delegação do governo brasileiro visitou a fábrica e o centro de controle da SpaceSail em Xangai. "Fiquei impressionado e animado com as novas tecnologias que a SpaceSail pode trazer para o Brasil", escreveu o ministro, em um post na X.

Segundo a CNN Brasil, o ministro Filho revelou que a SpaceSail pretende investir até US$ 10 bilhões no mundo nos próximos anos — US$ 1 bilhão no Brasil, com a instalação de 11 teleportos no país. Nas discussões entre o Brasil e a China, o Brasil ofereceu seu Centro Espacial de Alcântara como um local de lançamento da SpaceSail.


Base de lançamento de Alcântara, Maranhão. Fonte: Warley de Andrade/TV Brasil.

A Telebras supervisiona um projeto apoiado pelo governo — o Governo Eletrônico e Serviços de Assistência ao Cidadão — para o Ministério das Comunicações do Brasil. O projeto visa estabelecer 28.000 pontos de acesso de rede em todo o país nos próximos cinco anos, de acordo com a SpaceSail.

Os serviços da SpaceSail podem ser uma alternativa à Starlink, que está no país desde 2022, presente em mais de 250.000 clientes, dominando 46% do mercado nacional de internet via satélite.

A banda larga via satélite da China pode, portanto, ampliar a escolha além dos participantes habituais: a Space X, com seu Starlink e o serviço planejado do Projeto Kuiper da Amazon. Este último recentemente adiou os primeiros lançamentos de seus mais de 3.000 satélites planejados para o final de 2024.

As empresas chinesas estão trabalhando em duas outras constelações de banda larga via satélite além da Qianfan. Essas são a Constelação GW planejada de 13.000 da China Star Network Company e a Constelação Honghu-3 de 10.000 da Hongqing Technology.

A parceria entre a Telebras e a SpaceSail representa uma oportunidade única para o Brasil expandir sua infraestrutura de telecomunicações e reduzir a desigualdade digital. No entanto, é fundamental que o governo e a sociedade civil acompanhem de perto o desenvolvimento desse projeto e garantam que os benefícios da internet via satélite sejam acessíveis a todos os brasileiros.


 

Referências:







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