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A digitalização dos empregos na China

Com a mudança radical na dinâmica de trabalho causada pelo COVID19, cada vez mais pessoas buscam empregos na economia digital. A plataforma chinesa de recrutamento e seleção Quingtuanshe reportou que a busca por trabalhos remotos que permitam home office, como edição de vídeo e transmissão de livestream, estão entre os mais procurados.



Cada vez mais os trabalhadores chineses buscam oportunidades na chamada “nova economia”. A aceleração da busca por atividades profissionais ligadas ao mundo digital é decorrente do impacto causado pelo coronavírus.


O nível de desemprego se manteve estável em 5,7% no último mês de Julho, segundo o National Bureau of Statistics. O relatório de desemprego na China, que é repetidamente questionado, se manteve no mesmo patamar do mês anterior. Vale lembrar que durante o pico da pandemia, o indicador chegou a apontar 6.2% de índice de desemprego no gigante asiático.


“Em conjunto com a recuperação da economia, a demanda por empregos está aumentando. A procura por trabalhos mais flexíveis têm aumentado, e essas posições têm crescido em relevância para estabilização do nível de emprego do país”, disse Fu Linghui, porta-voz do National Bureau of Statistics, em conferência na última semana.


As oportunidades na China não se limitam às funções organizacionais, uma das áreas que apresentou maior demanda foi justamente a educação on-line tanto para crianças em idade escolar quanto para adultos. A Qizhi Future Technology, que conta com três centros de ensino na região da Mongólia Interior, reportou ter duplicado o quadro de funcionários ligados a atividade de ensino desde o início do ano.


As mudanças rápidas na dinâmica de trabalho observadas desde o início da pandemia, têm exigido maior capacitação por parte dos empregados. Movimento esse que explica a maior demanda por cursos na modalidade ensino à distância.


Demanda por trabalhos relacionados a produção de vídeo e transmissão de livestream também estão em alta. Os salários de entrada para apresentador de livestream na plataforma Douyin, versão chinesa do TikTok, começam por volta de $4.000,00 yuan (US$ 575) mensais.


Apesar das oportunidades serem voltadas ao trabalho remoto, a localização do candidato ainda é um fator levado em consideração na hora da contratação. Isso se deve ao fato de um trabalhador em Beijing custar aproximadamente três vezes mais que um trabalhador em Chengdu, cidade localizada no sudeste chinês.


A dúvida que permanece é a sustentabilidade dessas novas formas de trabalho no longo prazo. Dados indicam que a volume bruto das mercadorias vendidas pelos livestreamers sofreu uma queda relevante em Julho em comparação ao mês anterior. Alguns analistas do setor de varejo notaram que a venda pelo livestream aumenta as chamadas compras por impulso, que ocasiona um maior percentual de devoluções.



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